[caption id=attachment_14491 align=alignnone width=953] À esquerda, farmacêutica Franciele Coracin, com equipes do Nasf e da Saúde, na Campanha Nacional do Combate ao Fumo. Foto: Guiomar Biondo[/caption]

          Liderado pela equipe do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), sob o comando da farmacêutica e coordenadora do Programa Nacional do Combate ao Tabagismo em Itaquiraí, Franciele Coracin Gandolfo, foi realizado na manhã de ontem (29-08), o Dia Nacional de combate ao Tabagismo.

          O evento contou com a participação do secretário municipal de Saúde de Itaquiraí, Marcelo Batista Rosa, de dezenas de servidores ligados à Secretaria de Saúde que saíram às ruas vestidos com camisetas da campanha, e apoio da equipe de agentes da Polícia Militar, os Sargentos Paulo e Ternovoe, e Cabo Bernegossi.

          A ação contou com abordagens sobre o tabagismo de pessoas que circulavam pela cidade, com entrega de panfletos, realização de passeata com faixas pedindo a conscientização da sociedade e dizeres de não ao cigarro.

Marcelo Rosa disse que o Dia Nacional de Controle ao Fumo, no dia 29 de agosto, foi criado pela Lei nº 7.488 de 11 de junho de 1986 que determina a realização de comemorações no dia 29 de agosto em todo o território nacional e de ações visando à conscientização e alerta contra os inúmeros malefícios provocados pelo uso do tabaco, cigarro e outros componentes oriundos do fumo. É um Dia D de combate ao cigarro, resume o secretário de Saúde de Itaquiraí.

[caption id=attachment_14486 align=alignnone width=852] Agentes da Polícia Militar , Sargentos Paulo e Ternovoe e Cabo Bernegossi deram todo apoio e suporte para a passeata e abordagens no Dia Nacional de Combate ao Fumo em Itaquiraí.[/caption]

          Atualmente, desenvolvemos grupos de tratamento atendendo pacientes oriundos das Unidades da Atenção Básica, em projeto específico da Prefeitura, através do NASF, e o resultado tem sido satisfatório, comenta a farmacêutica Franciele.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como uma epidemia global, responsável por cerca de 6 milhões de mortes anuais, dos quais mais de 600 000 por exposição involuntária à fumaça do tabaco, denominada tabagismo passivo. Esta epidemia, de acordo com a OMS pode matar mais de 8 milhões de pessoas por ano até 2030, caso nada seja feito. A OMS considera que mais de 80% dessas mortes evitáveis estarão entre pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

          Há uma tendência histórica de queda na taxa de prevalência de fumantes no mundo todo. No Brasil, esse dado é comprovado pelo Ministério da Saúde (MS) através de pesquisa vinculada a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel. A pesquisa iniciou em 1989 e passou a ser desenvolvida anualmente em 2006. Em 1989 a taxa de prevalência era da ordem de 32% 9 (MS, 1990), desde então vem caindo para 18,8% em 2003 (MS, 2004a); 16% em 2006 (MS, 2007); 16,4% em 2007 (MS, 2008); 15,2% em 2008 (MS, 2009); 15,5% em 2009 (MS, 2010); 15,1% em 2010 (MS, 2011); 13,4% em 2011 (MS, 2012); 12,1% em 2012 (MS, 2013); até chegar em 11,3% em 2013 (MS, 2014).

[caption id=attachment_14487 align=alignnone width=1023] Secretário de Saúde, Marcelo Rosa, ao distribuir folders pedindo a conscientização para o fim do uso do cigarro.[/caption]

          DOENÇAS GRAVES

          O tabagismo pode desencadear cerca de cinquenta problemas de saúde, dentre os quais, destacam-se: infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer de pulmão, traqueia, laringe e brônquio; impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão apresentem como fator responsável o fumo, sendo importante destacar que as chances de cura para essa doença são bastante baixas.

Lembrando que as pessoas que não fumam diretamente também correm sérios perigos. Os chamados fumantes passivos, quando comparados a grupos que não possuem contato com o tabaco, possuem risco aumentado de desenvolver câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e respiratórias, como a asma e pneumonia. Além disso, bebês de mães fumantes podem nascer prematuramente ou então apresentarem baixo peso após o nascimento.

[caption id=attachment_14488 align=alignnone width=776] Passeata no centro da cidade marcou o Dia Nacional de Combate ao Fumo em Itaquiraí.[/caption]